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Saturday, 27 June 2020

Coronavirus empurra o petróleo de Angola para o buraco

Covid-19 acelera a morte lenta do petróleo de Angola. 

 

Muito antes do surgimento do coronavirus, os preços do petróleo já vinham caindo drasticamente nos últimos tempos. A covid-19 apenas acelerou o processo. Ninguém quer o nosso petróleo, quase que não dá para acreditar. Agora quem paga o nosso petróleo não é quem compra, somos nós que vendemos que temos de pagar para eles o comprarem, porque agora o armazenamento do petróleo está mais caro que o valor do próprio petróleo. A Sonangol está entupida com o armazenamento cheio e está a implorar no exterior que o comprem para conseguir continuar a produzir, mas os países que consomem não o querem mesmo, nem quase dado, porque os depositos de armazenamento deles também está cheio. A produção em Cabinda está parada, muitos técnicos foram enviados para os seus países e algumas instalações foram fechadas.


Então mas porque chegamos nessa situação que começou em 2015?

Porque hoje os países indústrializados já não precisam do petróleo para produzir electricidade, toda a electricidade é produzida pelas Energias Renováveis. Por exemplo, o Portugal que gastava grande parte do seu dinheiro nas importações de petróleo foi o primeiro país do mundo a atingir a situação de toda a sua electricidade estar a ser produzida sem uma única gota de petróleo.



Não bastava isso, a América e o Canadá são países que juntos têm mais petróleo que todo o resto do mundo mas não o conseguiam extrair porque estava preso no meio das rochas.
Com o desenvolvimento tecnológico e com uma NOVA TÉCNICA O FRACKING, desde 2015 estão a produzir o petróleo que querem, os Estados Unidos passou do maior importador do mundo para um dos maiores exportadores.



AS ENERGIAS RENOVÁVEIS E O FRACKING ESTÃO A ACABAR COM O NOSSO PETRÓLEO.

Não se fala nada, o governo não diz uma palavra sobre isso, ninguém está consciente disso porque estamos todos preocupados com o Covid19 mas a verdade é que em Angola já não bastava essa doença, ao mesmo tempo estarmos no meio de uma GUERRA DO PETRÓLEO, entre os dois maiores países produtores do mundo, Arábia e a Rússia para que por causa das renováveis e do fracking um deles ganhe vantagem contra os Americanos e Canadianos.

Aí o lugar do nosso orgulho, orgulho de todos os Angolanos que somos maravilhados na riqueza do nosso país e que por isso ficou na sombra da bananeira e que apesar de ser um dos quatro ou cinco melhores países do mundo para produzir comida, fomos tão incompetentes que tudo o que comemos vem de fora, NÃO CONSEGUIMOS FAZER A COMIDA QUE METEMOS NA BOCA.
Apesar de tudo o Angolano como sempre sonha com a riqueza do país, não trabalha mas sonha.
Agora sem o dinheiro do petróleo e essa crise sanitária como vamos fazer?




Por que o preço do petróleo despencou?

Em Abril de 2020, operadores estavam pagando para se livrar dos contratos de entrega de petróleo.  Economia global paralisada devido à pandemia de coronavírus faz demanda por petróleo cair e faltar espaço para armazenar os superestoques. Entenda por que o barril fechou em valor negativo pela primeira vez na história.

O que aconteceu nos mercados de petróleo?

Os preços do petróleo já vinham caindo drasticamente nas últimas semanas devido à crise do novo coronavírus. Também houve um desacordo entre o cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros países produtores dessa matéria-prima.

A gota d'água agora foi que certos contratos de entrega de petróleo estavam prestes a vencer, mas os armazéns estão cheios, pois há poucos compradores. E isso empurrou o preço do petróleo WTI (West Texas Intermediate) para um valor negativo na noite de segunda-feira 20 de Abril de 2020 – ou seja, os operadores estavam pagando para que outros investidores assumissem os contratos.

Como é formado o preço do petróleo?

Os preços do petróleo são baseados principalmente no princípio de oferta e demanda. É por isso que, com a paralisação econômica global causada pela pandemia, não há demanda, e os preços estão afundando. As empresas encomendam menos petróleo, as companhias aéreas deixam suas frotas em terra, os consumidores ficam em casa e dirigem menos seus automóveis.

Quais contratos de petróleo desencadearam o choque de preços?

Existiam transações a prazo para o mês de maio que terminaram em 21 de Abril. Isso significa que quem tiver o contrato em mãos naquele dia é o proprietário da entrega de petróleo correspondente. E, assim, ele flui para os reservatórios de petróleo existentes – e é preciso pagar para usá-los. A entrega está prevista para maio, mas os tanques de petróleo já estão cheios. E o preço para usar os reservatórios restantes também está aumentando. Por isso, os investidores tentaram se livrar dos contratos: eles não querem sofrer danos. Assim, os papéis se tornaram quase que instantaneamente sem valor e atingiram, inclusive, um valor negativo.

A queda é obra dos especuladores?

Sim e não. Os contratos a prazo podem ser atraentes para os especuladores. Em termos simples, eles são apostas no histórico de preços futuros, onde você pode ganhar e perder. Nesse caso, os especuladores envolvidos perderam nas apostas. No entanto, muitas empresas precisam proteger seus negócios no mercado de matérias-primas, e para isso existem os mercados futuros de commodities, que também estão disponíveis, por exemplo, para o trigo e café em grão. Eles geralmente oferecem preços confiáveis e calculáveis para o futuro. Mas, na situação atual, quase ninguém quer ter o óleo físico que se destina à entrega nesses contratos.

Por que a queda afetou somente o petróleo WTI?

O petróleo WTI tem a propriedade de ser armazenado de forma bastante unidimensional, porque os oleodutos terminam no estado de Oklahoma, onde se localiza a maior instalação de armazenamento de petróleo do mundo e onde as entregas são feitas. Na cidade de Cushing, no entanto, os reservatórios já estão bem cheios. Os tanques que sobraram cobram cerca de 10 dólares para armazenar cada barril, e provavelmente o preço continuará subindo. O petróleo Brent, produzido no Mar do Norte, na Europa, tem mais alternativas de entrega.

Por que não parar simplesmente de produzir petróleo?

Basicamente, os poços de petróleo estão mais ou menos sob pressão. Uma vez perfurado, o lubrificante da economia global flui. É particularmente difícil interromper a produção de petróleo a partir da tecnologia de fracking, que é usada nos Estados Unidos e é uma tecnologia controversa do ponto de vista ambiental. É também por isso que os navios petroleiros nos oceanos do mundo são usados atualmente como reservatórios flutuantes.

Quais são as consequências para as empresas de petróleo?

Elas terão mais dificuldades se os preços permanecerem tão baixos. Por sua vez, isso pode gerar o não pagamento de créditos bancários e desemprego. Nos EUA, toda a indústria de fracking está à beira do abismo por causa dos preços baixos, já que o custo de produção é alto: analistas estimam que as empresas precisem de pelo menos 50 dólares por barril para sobreviver.

Por que Donald Trump está comprando petróleo agora?

Para se colocar no centro das atenções. O presidente dos Estados Unidos anunciou que comprará 75 milhões de barris para apoiar os preços e reabastecer as reservas nacionais. No entanto, a demanda global diária está em um nível semelhante. Portanto, a ação de Trump é, na melhor das hipóteses, uma gota de água no oceano.

O acordo da Opep com outros países produtores de petróleo, como a Rússia, para reduzir a produção em 10 milhões de barris por dia é mais eficaz. Ainda assim, a maioria dos especialistas acredita que isso está longe de ser o suficiente para compensar a queda na demanda. Países produtores de petróleo, como Arábia Saudita e Rússia, estão sob crescente pressão porque financiam amplamente seus orçamentos nacionais a partir das receitas do petróleo.





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